CIEMPI recebe exposição do renomado educador Gandhy Piorski
Resultado de um estudo de materialidade e educação realizado ao longo de mais de dez anos em meios urbanos e rurais do Brasil, os objetos construídos por crianças a partir de materiais de refugo industrial compõem a exposição “A criança e a imaginação da matéria”, do renomado escritor, educador e pesquisador brasileiro Gandhy Piorksi.
A abertura aconteceu neste sábado (6), no Centro Internacional de Estudos, Memórias e Pesquisas da Infância (CIEMPI), com a presença de Gandhy e convidados, como a violista Bel Rebello, que fez uma apresentação musical.
Gandhy Piorski é artista plástico, teólogo, Mestre em Ciências da Religião, pesquisador, consultor do Instituto Alana e autor do livro “Brinquedos de Chão”, que originou o projeto Caixa da Natureza, atividade desenvolvida pela Unidade de Gestão de Educação (UGE), por meio do programa Escola Inovadora.
A exposição ficará aberta para visitação gratuita do público no período de 9 de agosto a 7 de outubro, de terça a sexta-feira, das 9 às 17 horas e aos sábados das 9 às 13 horas, exceto feriados. O CIEMPI fica na avenida Dr. Cavalcanti, 341, em frente ao Complexo Argos.
Ações com Gandhy Piorski
Além da exposição, Gandhy e a pesquisadora, pedagoga e Mestre em Ciências Sociais da Educação Ana Claudia Arruda Leite promoverão oficinas de brinquedos com crianças de Jundiaí. A ação faz parte do programa educativo da exposição e realizará a escuta das crianças, considerando suas percepções na composição das próprias produções.
Serão quatro oficinas de escuta, sendo três com estudantes de escolas da rede municipal e uma aberta a crianças de 5 a 11 anos e seus responsáveis, de toda a cidade. As vagas para participar desse encontro são limitadas e os interessados podem se inscrever a partir do dia 10 de agosto de 2022, em site a ser divulgado.
Vivências e novas linguagens
A gestora da UGE, Vastí Marques, abriu a exposição destacando a honra de Jundiaí hospedar esse trabalho artístico emocionalmente envolvido com a infância. Ela comentou os três eixos principais de atuação do Programa Escola Inovadora: ambiência escolar, formação permanente dos educadores e qualidade de ensino. “É uma conexão muito importante. Toda vez que pensamos em estratégias para os eixos, pensamos em vivências. Precisamos instrumentalizar as crianças, dando a elas estratégias, ferramentas e materiais, sendo o educador o mediador do conhecimento”.
“A vida não desiste de mandar o novo para nós. Toda geração traz uma linguagem nova, por isso precisamos honrar essas consciências que trazem novas linguagens do viver. Nosso objetivo é provocar as crianças com desafios e perguntas, despertando sentimentos profundos, em peças ligadas à ideia do tempo, superação, contemplação e espaço para o brincar”, enfatizou Gandhy.
Cícera Escoura Bueno, diretora do Departamento de Fomento à Leitura e Literatura do CIEMPI, destacou a expectativa em receber grupos de estudantes e a comunidade em geral. “A exposição possibilita que as pessoas tenham acesso ao potencial enorme que as crianças carregam dentro de si. E o processo de escuta permite observar e captar muito mais do que imaginamos”.
Entre os convidados, a coordenadora pedagógica Juliana Pimentel Ajala descreveu a exposição como “encantadora e envolvente”, apontando a delicadeza das peças. “Como deve ter sido interessante escutar as crianças durante todo esse processo”, relatou.
A coordenadora pedagógica do CIEMPI, Arabelle Calciolari, sinalizou a importância do espaço. “Estamos num prédio histórico, trabalhando muito com a memória, mas recebendo ao mesmo tempo peças modernas e atuais. A união do novo com o antigo é emocionante”.
(Fonte / Imagem: Prefeitura de Jundiaí)
