Saúde: público busca respostas no 2º Encontro de Valorização da Vida
Um grupo de pessoas abnegadas, comprometidas, lançou sementes generosamente em 2015 e continuou a cuidar da semeadura. Resultado: o que era um encontro inicialmente pequeno virou uma árvore frondosa – o 2º Encontro de Valorização da Vida – Suicídio: Epidemia Calada, desta vez no Polythema, com um público convidado por testemunhos importantes, divulgados nas redes sociais pela Rede TVTEC, co-promotora do evento, com a Prefeitura de Jundiaí e suas plataformas. E claro, com o empenho e ajuda do Centro de Valorização da Vida (CVV) de Jundiaí. Compareceram 1,2 mil pessoas ao evento.
O fruto mais importante dessa nova árvore que anuncia o Setembro Amarelo, Mês Internacional da Prevenção ao Suicídio, é uma cartilha que, pela primeira vez, traz as estatísticas reais para as autoridades: Jundiaí em 20 suicídios por ano e o maior publico de risco está entre homens de 20 a 49 anos.
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Kátia Solange da Silva, de 42 anos, foi ao evento. Atrás de respostas concretas, melhores do que já ouviu para explicar o fato de seu filho, Jhonata de 23 anos, casado, pai de Brian, uma pessoa feliz e extrovertida ter tirado a própria vida misteriosamente, há um ano e dois meses. “Ele falava disso vez ou outra. Mas era uma pessoa alegre. A gente desaconselhava”, conta controlando a emoção. Ela tem se apoiado na fé em Deus, como diz, e arranja forças para seguir porque se vê na responsabilidade de criar sua filha e o neto. “Mas eu sei que aqui encontrarei um ânimo novo, por isso vim”, explica.
Superação
Carla Carraro, moradora do bairro Eloy Chaves, veio ao seminário na companhia do único filho – o adolescente Leonardo, 14 anos. Ela foi surpreendida, meses atrás, quando Leonardo entrou em depressão e pensou em tirar a própria vida. “Foi tudo de repente. Quando percebi ele já estava mal”, disse ela. “Recebi, na semana passada, um email da escola do Leonardo, aconselhando que eu comparecesse a este evento.”
Carla e Leonardo assistem às palestras do Econtro no Polytheama
Segundo Leonardo, adolescentes da sua escola praticavam bullying com ele, apontando suas características físicas, o que o levou a se fechar e a abandonar as aulas.
Hoje, Leonardo faz tratamento e deseja falar de seu problema para conscientizar outros jovens a não se renderem a práticas de bulliyng.
Quem também resolveu comparecer foi o professor Adauto Douglas Parre. “Moro em Jundiaí faz 10 anos e é a primeira vez que vejo um evento voltado a discutir algo tão sério como o suicídio”, declarou.
