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‘Suicídio: As Dores da Alma” tem alto grau de interação com plateia e público externo

Publicada em 13/09/2019 às 20:49

A primeira participação da noite foi da doutora Karina Okajuma Fukumitsu, psicóloga, gestalt-terapeuta e psicopedagoga conhecida como educadora dos pés-descalços, que contou sua experiência a partir da vivência com sua mãe, com tendências suicidas e uma inflamação cerebral que a fez prometer ao “Papai do Céu” como ela disse, levar esperança para as pessoas de pés desa expclços, com desapego e simplicidade. Ela narrou e sua  a vivência e a mudança do comportamento da mãe que a levou a ser uma especialista em prevenção ao suicídio. Ela foi muito aplaudida.

Karina Okajuma Fukumitsu, psicóloga e “educadora dos pés descalços”

Em seguida, falou a monja Kelsang Chime, sobre a necessidade de uma vida espiritual, independente de religião. Da existência do do sofrimento e da necessidade de buscar suas causas. Fez um convite a aceitar as coisas com são e não como se deseja que fossem. Ressignificar o fato de estarmos num país livre, poder falar sobre esse assunto. Lembrou que as pessoas rezam umas pelas outras.

“Pensamentos são como nuvens”, disse ela. “Deixe passar os pensamentos negativos, não fique preso a eles. Eles passarão”, acrescentou. A monja desejou vida feliz a todos e disse, citando um iluminado do budismo, que a gente deve ser ponte, barco, para ajudar as outras pessoas a atravessarem a vida tranquilamente.

Automutilação e a influência das redes sociais foi o tema da fala da doutora Karen Scavacini que destacou  a importância do Palco da Cidade, que muda a visão sobre o suicídio quebrando tabus. A doutora Karen explicou ´que a automutilação é um modo do jovem lidar com a dor, e não se trata de um comportamento suicida. “Há muitas dúvidas  dos professores, pais e dos próprios adolescentes”, informou.

A monja Kelsang Chime falou da importância de ser ponte e ajudar os outros a viverem melhor

.”A experiência mostra que quando as pessoas sabem como ajudar, isso faz toda a diferença”, adiantou. A psicóloga está publicando três trabalhos inéditos nessa direção – dois estão em fase de conclusão e “Como falar de forma segura sobre o suicídio” já está disponível no site da especialista. Falou dos desafios que os jovens se fazem pela internet, do uso da deep web sem que os pais saibam. “O importante é mostrar sempre que em vida é sempre possível fazer coisas boas, melhorar, para aqueles que tem alguma coisa de depressão”, disse./

Uma sessão de perguntas que vieram pela internet, mediadas por Anderson Muller e Márcio Miguel da  TVTEC. O psiquiatra Alexandre Sandri respondeu a primeira delas, feita por uma jovem, das razões pelas quais o suicídio tem aumentado entre os jovens. “Quando estamos numa sociedade em que aumenta o número de suicídios a pergunta melhor é o que está acontecendo com essa sociedade. É preciso se pensar de modo amplo”, explicou. E acrescentou a necessidade de se cuidar melhor do Serviço Único de Saúde (SUS).

Douttora Karen Scavacini – nem sempre é fácil notar os sinais de tendência suicida num jovem

“É preciso seguir investindo no SUS”. Outra pergunta, para a doutora Karen, foi como ver os sinais de um jovem que esteja pensando no suicídio. “Observe esse jovem. Muitas vezes há mudanças bruscas de comportamento, aumento de uso de álcool, drogas, descaso na aparência, isolamento…São sinais que se tem. Mas nem sempre são fáceis de serem vistos esses sinais. É preciso tomar cuidado”, disse a psicóloga.

Uma mão do auditório perguntou sobre a tendência sobre o suicídio das crianças. “Quando discutir esse assunto com uma criança. Tenho um filho de oito anos”. A doutora Karen explicou que se pode falar, sim. E é preciso a criança entender que ela tem com quem falar sobre suas dúvidas e tristezas.

 

(Por Pedro Fávaro Jr. – Imagens: Luiz  Paulo Machado)


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